Autoconhecimento, espiritualidade e bruxaria!

sexta-feira, 17 de março de 2017

O desejo de mudança existe! Só nos falta firmeza.
Os mesmos olhos que contemplam devocionalmente o sol, a lua e as estrelas pedindo sabedoria, se perde no emaranhado novelo de informações que são empurradas brutalmente o tempo todo guela a baixo. Decidir é apenas mais uma palavra sem sentido se não desperta ações.
O que é a verdade?
No fundo sabemos, mas somos frágeis demais para caminhar sem nossas máscaras e muletas. Preferimos assim, nos enganar o tempo todo, brincar com o que acreditamos nos dando o "privilégio" de uma liberdade presa no sistema e suas artimanhas, e esquecemos de quem somos de fato, e que liberdade é o estado de espírito contínuo que cultivo em minhas próprias memórias, traduzidas pelas experiências.
Até onde vamos nos sujando? Vale a pena se render tanto as muletas que as mídias, as pessoas, modismos e padrões nos submetem?
Em tempos gélidos como o que estamos vivendo, é preciso vigiar a pequena centelha do espírito que insiste em queimar e manter a centelha acesa, antes que esqueçamos de nossa essência e verdadeira natureza, a alma.

Ruan Sena



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Hino Hórfico para Vênus







Celestial, ilustre, Rainha do riso amoroso,
Nascida do mar, amante noturna,
de um semblante terrível;
Astuta, de quem a necessidade veio primeiro,
Produtora, Noturna, Dama toda onisciente:
É teu o mundo com harmonia para se unir,
Pois todas as coisas nascem de ti, ó Poder Divino.
Os Destinos triplos são governados pelo teu decreto,
E todos os rendimentos das produções são iguais a ti:
Quaisquer que sejam os céus, cercando a tudo contêm,
Terra produtora de frutos, e a principal tempestuosa,
Tua influência confessa e obedece ao Teu aceno,
Terrível assistente do Deus Brumal:
Deusa do casamento, encantadora para a visão
Mãe dos Amores, cujos banquetes deleitam;
Fonte de persuasão, secreta, Rainha favorecida,
Ilustre nascida, aparente e invisível:
Conjugal, Lupercal, e aos homens inclinada,
Prolífica, mais desejada, que dá vida, Amável:
Grande portadora do cetro dos Deuses, ele é Teu,
Os mortais em bandos necessários para unir-se;
E todas as tribos de selvagens monstros terríveis
Nas correntes mágicas para atar, através do louco desejo.
Venha, Nascida em Chipre, e para minha oração se incline,
Se exaltada nos céus você brilha,
Ou agradada no templo da Síria presides,
Ou acima das planícies egípcias Teu carro guias,
Coberto de ouro, e próximo de sua inundação sagrada,
Fértil e famosa para corrigir a tua morada abençoada;
Ou se regozijando-se nas margens azuis,
Perto de onde o mar com espumas e vagas onduladas rugem,
Os coros circulares dos mortais, Teu deleite,
Ou ninfas belas, com olhos cerúleos brilhantes,
Agradadas pelos bancos empoeirados e renomados de outrora,
Para conduzir rápido, dois carros unidos de ouro;
Ou se no Chipre com o afeto de Tua mãe,
Onde as mulheres casadas louvam-te a cada ano,
E virgens lindas a se unir ao coro,
Adônis puro para cantar a ti Divina;
Venha, toda atrativa à minha oração inclinada,
Por ti, eu chamo, com mente santa, reverente.

 Tradução: Leonard Dewar
 Imagem: Birth of Venus (detail) by Sandro Botticelli, 1486.